Diversidade nas telas

por Pedro Henrique Neves


A recente safra do cinema brasileiro vem chamando a atenção tanto pela diversidade como pelo apelo estético. Neste panorama, dois diretores enfrentaram – com bastante sucesso – o desafio do segundo filme. Heitor Dhalia apresentou o estiloso “O cheiro do ralo”, que sucede o superestimado “Nina”. O filme se apóia na trabalhada fotografia e numa cuidada direção de arte para contar a insólita história de um homem obsessivo, vivido por Selton Melo. Já Cláudio Assis estreou recentemente “Baixio das bestas”, que assim como seu antecessor “Amarelo manga” vem despertando polêmica por onde passa, principalmente por seu conteúdo provocador. Três longas finalizados há algum tempo também conseguiram encontrar um (pequeno) lugar no circuito: “Ódiquê?”, estréia do diretor Felipe Joffily, “Cafundó”, de Paulo Betti e Clóvis Bueno, e “Lost Zweig”, de Sylvio Back, depois de passarem por diversos festivais. Ainda em cartaz estão “Proibido proibir”, marcando o retorno de Jorge Durán ao terreno do longa-metragem 20 anos depois de ter dirigido “A cor do seu destino” e reafirmando sua habilidade em filmar a juventude, “Batismo de sangue”, versão de Helvécio Ratton para o livro de Frei Betto, e “Ó paí, ó”, divertida adaptação de Monique Gardenberg para as telas do espetáculo homônimo do Bando de Teatro Olodum.

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