",mas a vida é boa..."
Direção geral: Jefferson Miranda | Dramaturgia: Adriano Garib



“, mas a vida é boa...” mostra o encontro de um grupo de pessoas no hall de um cinema. Trata-se, no entanto, de um encontro casual, numa noite qualquer, para assistir a um filme. Alguns se conhecem, outros nunca se viram. A partir dos acontecimentos engendrados através dessa confluência de seres tão particulares, somos levados a testemunhar seus pequenos dramas, bem como seus modos muito peculiares de encarar a vida e de se relacionar com tudo o que os cerca.
Quando começa o filme, o que todos vêem na tela nada mais é do que o enredo de suas próprias vidas, sob a lente irônica e reveladora do cinema...
A intenção primordial foi a de usar como estímulo criativo o drama de alguns personagens presentes na obra do aclamado cineasta italiano Federico Fellini, tratando de converter tais referências em uma cena original.
O que mais nos impressionou, durante o processo de criação, foi a surpreendente atualidade dos temas abordados na cinematografia de Fellini. Na medida em que começamos a cruzar o material improvisado nos ensaios com a obra do cineasta, pudemos notar o quanto tudo apontava para um mesmo lugar: o quanto nossas defesas, nossos desejos, medos e paixões, nossas palavras, silêncios e discussões, nossos atos e omissões são curiosamente similares em todos os lugares, épocas e situações, independente de nossas inevitáveis diferenças. O quanto as diferenças são muitas vezes insolúveis e irredutíveis a esquemas supostamente “racionais”, “filosóficos” ou “científicos”. E, sobretudo, o quanto, apesar de tudo isso, a vida continua sendo boa...
Assim, acreditamos que somente a arte está em condições de abarcar universos tão contraditórios, afetivos e solitários e, portanto, de nos sensibilizar para o que temos de mais valioso e por que não dizer sagrado: nossa latente humanidade.
Resta dizer que o objetivo primordial deste trabalho, para além dos resultados artísticos alcançados, é proporcionar a esses futuros profissionais da arte de “atuar” uma experiência sensível, a qual aponta para outras possibilidades criativas e vivenciais, cujo fundamento principal é envolver nossa humanidade a mais límpida possível no confronto com o personagem ao qual iremos dar vida.

ADRIANO GARIB

TEATRO SESI - Av. Graça Aranha, 1 - Centro
Tel.: 2563-4163
TEMPORADA - de 11 de abril a 3 de maio - terças e quartas, às 19 horas

 

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